O trabalho mais realizado pelo brasileiro é o de vender e consertar carros e motos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (21), praticamente um a cada cinco trabalhadores brasileiros (18,9%) exerce funções que se enquadram na ampla categoria de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”.
“Esse é um grupo muito amplo mesmo, ele integra toda a cadeia de comercialização de veículos. Nessa, temos inúmeras revendedoras e pequenas lojas de autopeças e oficinas de reparação de veículos”, explica Jefferson Mariano, analista socioeconômico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de registrar um leve recuo e ter chegado à mínima da série histórica da Pnad Contínua, o grupo segue sólido no primeiro lugar.
Logo na traseira dos carros, vem o grupo dos servidores públicos, composto por 17,8% do contingente de mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo o IBGE.
Recuperação do mercado de trabalho
Desde o início da série da Pnad Contínua, o contingente de pessoas ocupadas no país cresceu 12,3%, ultrapassando a marca de 100 milhões pela primeira vez agora em 2023.
O crescimento, apesar de constante, indica um quadro de retomada do mercado de trabalho, segundo Mariano. O IBGE destaca que o nível de ocupação da população brasileira é de 57,6%. O cálculo é feito pela proporção entre pessoas ocupadas e as em idade de trabalhar.
O nível está abaixo do pico atingido em 2013, mas nota-se a recuperação em relação à queda vista entre aquele ano e 2017.
“De fato, entre 2015 e 2017 ocorreu uma queda no número de pessoas ocupadas e, paralelamente, o aumento nas taxas de desocupação. Esse foi o impacto imediato da recessão ocorrida no período. No final de 2017, já ocorre uma tímida recuperação da atividade econômica e, como desdobramento, a retomada dos empregos”, explica o analista do IBGE.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Vender e consertar carros e motos são principais trabalhos do brasileiro, aponta IBGE no site CNN Brasil.
